Senti saudades de escrever crônicas. Foi uma coisa que me surgiu na memória numa tarde morna — como um deslize, uma recaída de um vício ruim. Ingênua do que me movia, peguei um café e me encostei na janela. E vi! Vi as pessoas correndo pela ciclovia, um risco vermelho cortando a avenida de ponta a ponta. Vi o cachorro correndo à frente do dono, eu vi. A fúria nascente da criança aos prantos no vai-não-vai de um carrinho de bebê. Vi o verde seco rodeando os carros em sua pressa assíncrona, vi o azul, a nuvem, o pássaro, e senti a boca salivar. Era saudade. Saudade sempre tem um pouco de saliva.
Se se escreve com o corpo
Se se escreve com o corpo
Se se escreve com o corpo
Senti saudades de escrever crônicas. Foi uma coisa que me surgiu na memória numa tarde morna — como um deslize, uma recaída de um vício ruim. Ingênua do que me movia, peguei um café e me encostei na janela. E vi! Vi as pessoas correndo pela ciclovia, um risco vermelho cortando a avenida de ponta a ponta. Vi o cachorro correndo à frente do dono, eu vi. A fúria nascente da criança aos prantos no vai-não-vai de um carrinho de bebê. Vi o verde seco rodeando os carros em sua pressa assíncrona, vi o azul, a nuvem, o pássaro, e senti a boca salivar. Era saudade. Saudade sempre tem um pouco de saliva.